sempre o silêncio
sempre o silêncio
o limite do som
a sua essência
a lembrança do chão
sua presença
sob pés nus e transparentes
numa nascente
de rio seu
de rio norte
de rio templo
largado à sua sorte
sempre o silêncio
o limite do verbo
na sua ausência
a memória da voz
duma inocência
deixada nas pedras
mortas de si
mas plenas das águas
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